THE EAST AMAZON FUND

Innovative initiative towards a sustainable and low-carbon economy.

THE INTERSTATE CONSORTIUM FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT OF THE LEGAL AMAZON REGION

Unites 9 subnational governments around a shared commitment.

BIODIVERSITY CONSERVATION PROGRAM FOR THE PARANÁ COAST

Investments aimed at biodiversity conservation and sustainable development.

REM MATO GROSSO

Program is a results-based payment for environmental services initiative run by the German and British governments.

ARPA PROGRAM

The world’s largest tropical-forest protection initiative.

Image banner
Published March 8, 2024

Protagonismo feminino movimenta turismo comunitário na Ilha Grande-RJ

O que a Jaísa, a Queila, a Josilene, a Danielle e a Marilene têm em comum? Todas atuam ativamente pela construção de uma comunidade sustentável, solidária e em harmonia com a natureza na região da Costa Verde. O Rio de Janeiro é o estado mais feminino do país. Hoje, 52,8% dos fluminenses são mulheres.Em Angra dos Reis, onde se localiza a Ilha Grande, não é diferente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o município tem um total de 167.434 habitantes, sendo 85.762 mulheres (51,22%). Maioria em números e em protagonismo, na ilha, elas são lideranças nas comunidades e tomam a frente do projeto de Turismo de Base Comunitária Enseada das Estrelas e suas Raízes, para incentivar o desenvolvimento de roteiros que promovam a diversidade cultural ancestral e o desenvolvimento econômico sustentável. Em uma região muito afetada pelo turismo de massa, elas atuam para resgatar a própria história e aumentar a renda da comunidade, formada por moradores originários, com raízes fortes na região costeira. Jaisa dos Santos Assis, 40 anos, e Queila Lara dos Santos Silva, 41, são donas de casa e integrantes da Associação dos Moradores e Pescadores da Enseada das Estrelas (AMPEE). Com o apoiodo projeto Educação Ambiental, elas puderam investir em capacitações e na criação de novos roteiros atrativos e que se destaquem entre as ofertas de grandes agências turísticas, que nem sempre beneficiam a região. O turismo de base comunitária fortalece as atividades dos moradores, que prestam serviços para os visitantes, tais como: guia, passeios, venda de artesanato, hospedagem e alimentação, respeitando o meio ambiente e o cotidiano local. O projeto promoveu a criação de uma cartografia social, ou seja, capacitou as moradoras para mapearem a própria história, dando visibilidade e voz aos povos tradicionais. Dez mulheres já participaram das pesquisas de campo e 25 tiveram a oportunidade de conhecer as experiências de outros locais para fortalecer a oferta de serviços. A partir de oficinas e rodas de conversa, essas mulheres estão na reta final para a criação de roteiros, que em breve poderão ser usufruídos pelos visitantes. Para Jaisa Assis, coordenadora da AMPEE, o projeto fortalece os laços comunitários, empoderando as pessoas para serem agentes ativos na preservação de seu patrimônio natural e cultural. “O turismo comunitário fortalece as nossas atividades. A cartografia social ajudou a resgatar o orgulho de ser caiçara, de pescar, plantar, fazer farinha, estar em contato com a nossa história. As mulheres tomam a frente do projeto e muitas levam seus filhos para as oficinas e encontros, o que fortalece as tradições entre as gerações”, destaca. O trabalho já tem rendido frutos. Josiele Cruz Andrade e Silva, 34 anos; Danielle Dias Fernandes, 40, e Marilene dos Santos Raymundo, 55, são donas de casa e marisqueiras. Essas pescadoras artesanais são um bom exemplo do que vem pela frente. Trabalhadoras tradicionais que já produzem renda extra no verão, estão organizando de forma colaborativa uma rede de economia solidária para vender o marisco a preço justo que beneficie a todas. Com o lançamento dos novos roteiros, organizados com a participação de todas, fica a expectativa das vendas aumentarem com a expansão do turismo comunitário. No que depender das mulheres, a Ilha Grande continuará sendo um lugar paradisíaco, para visitantes e moradores. O projeto Educação Ambiental é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PRIO, conduzido pelo Ministério Público Federal – MPF e executado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

Read news
Image banner
Published February 29, 2024

COPAÍBAS apoia Plano de Manejo em RPPN criada por grupo de amigos no norte de Goiás

A união de seis amigos levou à criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), no norte de Goiás, que ajudou na manutenção de um corredor de biodiversidade ligando o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros ao território quilombola Kalunga. A reserva Flor das Águas, que conta com a execução em curso de um Plano de Manejo apoiado pelo Programa COPAÍBAS, vem sendo fundamental para diminuir a pressão sobre o Rio das Almas, uma das principais bacias hidrográficas do Cerrado, e garantir, em seus 72 hectares, a conservação de um importante patrimônio natural no bioma. A implantação do Plano de Manejo visa permitir um melhor gerenciamento da reserva e criar um zoneamento que facilite o monitoramento de toda área. “Essa parceria com o COPAÍBAS tem sido fundamental para o fortalecimento da RPPN e desse importante corredor de biodiversidade. O Plano Manejo é uma peça central em todo o processo”, afirma o idealizador da RPPN, Frederico Rosalino. A RPPN é uma das seis contempladas, dentro do COPAÍBAS, no Projeto Aroeira para Conservação de Terras Privadas. A iniciativa visa contribuir com a redução do desmatamento, protegendo áreas particulares relevantes no Cerrado, localizadas nos maiores fragmentos na Chapada dos Veadeiros (GO) e no Jalapão (TO). A terra adquirida estava sendo vendida em pequenos lotes, todos de um alqueire cada, que margeavam o rio. O impacto que futuras pequenas propriedades poderiam causar no rio fez com que Rosalino mobilizasse alguns amigos para compra total do território. “Depois, já de posse do terreno, enfrentamos a ameaça de instalação de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), que inundaria parte da região e provocaria o desvio do curso d'água. Foi quando procuramos ajuda para a criação da RPPN que, em 2021, acabou sendo oficializada”, diz Rosalino, salientando que a localidade sofre ainda pressão da mineração e de garimpos ilegais. Rosalino explica que a maioria dos envolvidos na empreitada não tem qualquer relação direta com ações voltadas à proteção ambiental. Segundo ele, que atua na engenharia civil, o perfil profissional dos membros do grupo, formado por três mulheres e três homens, é bastante diverso: arquiteto, diretora de cinema, cantora, terapeuta holística e um executivo de banco. “Sempre tive uma relação muito próxima com a Chapada dos Veadeiros e com o município de Cavalcante. Inicialmente, queria um terreno que fosse à beira de rio, com o objetivo de desfrutar mesmo. Algo que encontrei em 2017, nessa localidade por onde corre o Rio das Almas, que vem desde o Parque Nacional até o território Kalunga. E esse foi um diferencial importante, estar próximo desse patrimônio cultural quilombola tão marcante para a região”, explica Rosalino, que é morador de Brasília. Esse é um ponto importante de sinergia com o COPAÍBAS, que tem duas importantes iniciativas socioambientais dentro do território Kalunga. Uma, realizada junto à Rede Sementes do Cerrado, fortalece e aprimora a base de coletas de semente na comunidade Ribeirão; e outra, ligada à Associação do Quilombo Kalunga (AQK), financia a construção de um armazém para a venda do coco do babaçu, que também abrigará uma casa de memória e cultura da população local.

Read news

HIGHLIGHTS