ADAPTAÇÕES DAS AVES DE SUB-BOSQUE EM RESPOSTA AO PULSO DE INUNDAÇÃO EM FLORESTAS ALAGÁVEIS DA AMAZÔNIA

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ADAPTAÇÕES DAS AVES DE SUB-BOSQUE EM RESPOSTA AO PULSO DE INUNDAÇÃO EM FLORESTAS ALAGÁVEIS DA AMAZÔNIA

Pesquisa Realizada por: Diego Pedroza Guimarães

Ano: 2021

Linha: Gestão territorial para a proteção da biodiversidade

Bioma: Amazônia


Nível Acadêmico: Doutorado

As florestas alagáveis na Amazônia sofrem inundações sazonais naturais todos os anos devido às cheias dos rios. Assim, a fauna e a flora tendem a se adaptar à essas condições naturais. Espécies de árvores, por exemplo, podem resistir à inundação que duram até 4 meses. Sementes são dispersadas pelas águas durante a cheia, germinam debaixo da água e até plântulas fazem fotossíntese submersas. Em relação à fauna, ser um bom nadador ou escalador de árvores pode ajudar a enfrentar as cheias dos rios. Insetos e até mamíferos terrestres migram para os estratos mais altos da floresta e assim evitam a inundação. 

Passarinhos de sub-bosque, que ocupam o estrato mais baixo da floresta, recebem interferência direta da cheia, devido a ocupação da inundação que pode atingir até 15 metros de altura. Em relação às aves, sabemos poucas informações de como se adaptam à inundação na floresta. Pra onde vão? O que fazem durante a inundação? Será que migram para áreas que não alagam e depois retornam? E se ficam na mata alagada, como encontram alimento e do que se alimentam durante as cheias na floresta? São essas algumas das perguntas que pretendemos responder com o nosso projeto. 

Para tentar responder essas perguntas, iremos capturar essas aves, marcá-las com anilhas ou rastreadores e iremos acompanhá-las durante a fase das cheias na floresta, percorrendo os famosos igapós amazônicos (floresta alagada durante a cheia, na linguagem local). Saber o que as aves fazem ou como se comportam diante desta sazonalidade amazônica é fundamental na tentativa de prever possíveis impactos que podem ser causados às aves por interferências humanas. Fogo, desmatamento e represas por hidrelétricas são ameaças às florestas alagáveis, consequentemente a toda sua biodiversidade. Conhecer o comportamento da avifauna diante da inundação natural é um passo importante, devido ao conhecimento que será adquirido sobre parte da biodiversidade que habita esse ambiente que alaga e suas características que podem ser interferidas por ações humanas negativas ao meio ambiente. 

Currículo Lattes

 

Biografia:

Meu nome é Diego Pedroza Guimarães, sou biólogo formado pela Universidade do Estado do Amazonas e mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais pela Universidade Federal do Acre. Atualmente sou aluno de doutorado do curso de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Meu projeto de doutorado, apoiado pelo FUNBIO, HUMANIZE e o EUROFINS FOUNDATION, pretende verificar como a avifauna da Amazônia se adapta às condições de inundação natural de florestas alagáveis.

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