As abelhas são essenciais para a vida no planeta. Evidências crescentes mostram que elas estão em declínio, devido ao uso de pesticidas, patógenos, fragmentação de hábitats, intensificação agrícola e expansão urbana. Atualmente, a urbanização é o tipo de uso da terra que mais cresce globalmente, entretanto, seu papel na mediação da diversidade de abelhas nativas é pouco compreendido.

Diferentes componentes dos ambientes urbanos podem substituir os recursos florais e de nidificação necessários para a sobrevivência das abelhas, podendo afetar a composição da comunidade. Porém, muitas espécies de abelhas persistem em áreas urbanas, demonstrando que essas áreas podem atuar como locais de refúgios.

Assim, o objetivo da minha pesquisa é determinar os efeitos da urbanização sobre comunidades de abelhas nativas. Estou investigando, em seis cidades de Minas Gerais, se a diversidade, abundância, e a composição da comunidade de abelhas nativas diferem ao longo de um gradiente de urbanização, em relação ao modelo de gestão das áreas verdes (land sharing X land sparing) e em relação à abundância de plantas exóticas.

Com esse trabalho e o apoio do Programa Bolsas FUNBIO – Conservando o Futuro, esperamos compreender o papel das cidades na conservação de abelhas. A intenção é engajar os planejadores urbanos e residentes na melhoria do hábitat urbano como prática de conservação.

Currículo Lattes