TERMOTOLERÂNCIA DA FOTOSSÍNTESE PARA CONSERVAÇÃO DE PLANTAS LENHOSAS TROPICAIS NUM CENÁRIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

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TERMOTOLERÂNCIA DA FOTOSSÍNTESE PARA CONSERVAÇÃO DE PLANTAS LENHOSAS TROPICAIS NUM CENÁRIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Pesquisa Realizada por: Carolina Reis de Brito

Ano: 2021

Linha: Mudanças climáticas e conservação da biodiversidade

Bioma: Mata Atlântica


Nível Acadêmico: Doutorado

As mudanças climáticas estão impactando o clima e a biodiversidade em todo o mundo. Este projeto pretende compreender como espécies arbóreas respondem ao aumento da temperatura. Em especial, testamos como o principal metabolismo das plantas, a fotossíntese, responde ao aumento da temperatura, simulando ondas de calor. O projeto se divide em quatro partes: 

A primeira pretende compreender como espécies de todo o mundo respondem ao aumento da temperatura. Dessa forma vamos observar se existe um padrão global de resposta e se existe alguma região no mundo que é mais vulnerável. 

Na segunda e terceira parte do projeto testaremos como nove espécies da Mata Atlântica respondem ao aumento da temperatura, simulando uma onda de calor tanto em condições controladas quanto em condições naturais, na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, Bahia. As espécies utilizadas serão o arapati (Arapatiella psilophylla), o muriei (Byrsonima stipulacea), o jequitibá rosa (Cariniana legalis), o cedro (Cedrela odorata), a copaíba (Copaifera lucens), a biriba (Eschweilera ovata), o pau d’alho (Gallesia integrifolia), o bacupari (Garcinia gardneriana) e a curindiba (Trema micrantha). Para tal, faremos um teste de termotolerância da clorofila a, ou teste de termotolerância. É esperado que algumas espécies sejam mais vulneráveis que outras, e, portanto, prioritárias para a conservação. Já em campo, é esperado que algumas características ambientais contribuam para a resistência das mudas, permitindo assim a identificação de ambientes mais favoráveis para o plantio de mudas em restauração. 

A última parte compara a resposta ao aquecimento de espécies nativas da restinga, o coquinho-da-praia (Allagoptera arenaria) e o cajueiro (Anacardium occidentale), e duas espécies exóticas invasoras, a castanheira da praia (Terminalia catappa) e a acácia (Acacia mangium). Estas espécies invasoras são muito usadas como árvores ornamentais, mas competem por espaço e recursos com as espécies nativas, portanto é importante saber se o aquecimento irá favorecer alguma delas. É possível que as espécies invasoras sofram menos com o aumento da temperatura, sendo assim, torna-se mais emergencial o controle destas espécies invasoras.  

 

Currículo Lattes

Biografia:

Eu sou Carolina Brito. Sou formada em Ciências Biológicas - Licenciatura Plena pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 2016), onde fiz graduação sanduíche pelo programa Capes/Fipse na San Diego State University (Califórnia/EUA, 2013). Também sou mestre em botânica pelo Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (IP/JBRJ, 2019). Atualmente sou aluna de doutorado na pós-graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Com o apoio do FUNBIO, Instituto Humanize e Eurofins Foundation pesquiso sobre o efeito do aquecimento global em espécies de Mata Atlântica.

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