Pela primeira vez foi celebrado o Dia Nacional da Toninha (Pontoporia blainvillei), em 1º de outubro. Popularizar e tornar conhecido o golfinho mais ameaçado do Brasil foi um dos objetivos da criação da data. Estudos do projeto Conservação da Toninha, apoiado pelo FUNBIO, apontam que hoje restam menos de 20 mil indivíduos.

“Embora a toninha seja uma espécie típica das regiões costeiras do Sul e Sudeste do Brasil, poucas pessoas a conhecem de fato e sabem que ela é o golfinho mais ameaçado do país”, explicou o pesquisador Paulo Ott, do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS)
A escolha do dia 1º de outubro não foi à toa. Ela marca o início do principal período de nascimento de uma espécie singular que tem mais de 1 milhão de anos de existência.

“Esse dia tem uma mensagem de esperança e continuação da existência da toninha, continuou Paulo.

Diferente de outros cetáceos, a toninha não faz suas travessias mar adentro com os saltos característicos dos golfinhos. Discreta e de tamanho modesto, 1,7m no máximo, ela quase não é vista, nem mesmo pelos pesquisadores, e por isso é importante torná-la conhecida.

Em Passo de Torres, Santa Catarina, a prefeitura organizou um evento para lembrar a importância da Toninha. A exposição “Conhecendo a Toninha”, aberta ao público, ocupou o Espaço Mar com fotos, uma pintura do artista plástico Jorge Herrmann e fósseis da espécie. As crianças da Escola do Centro de Educação Infantil Ignacia Maria Cardoso fizeram atividades de educação ambiental à beira-mar.
O projeto Conservação da Toninha contribui com pesquisadores como Paulo, que ressaltou a importância dessa parceria.
“É fundamental a gente conhecer a situação atual das populações e quais são as principais problemas e ameaças que a espécie enfrenta atualmente. Nesse sentido, o FUNBIO tem sido muito importante para termos esse panorama, encontrar essas alternativas para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo”.

Para saber mais informações sobre a Toninha conheça a websérie: “Toninha: o golfinho mais ameaçado do Brasil”