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Home - Notícias - Fortalecimento, autonomia e novas narrativas: o papel do Fundo Kayapó na gestão socioambiental dos Mebêngôkre

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FUNDO KAYAPÓ

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Notícias

08/07/2025

Fortalecimento, autonomia e novas narrativas: o papel do Fundo Kayapó na gestão socioambiental dos Mebêngôkre

foto: Estúdio Afluente
Foto: Associação Angrokrere / T.I. Kayapó
1/20

As seis Terras Indígenas atendidas pelo Fundo Kayapó (FK) – Baú, Badjônkôre, Capoto/ Jarina, Kayapó, Las Casas e Mekragnoti – correspondem a cerca de 10,6 milhões de hectares localizados entre o norte do estado do Mato Grosso e o sul do Pará, inseridos no que é conhecido como Arco do Desmatamento. Resistindo de pé no centro desta área sensível a diversas pressões, os Mebêngokrê-Kayapó sofrem ameaças constantes de atividades ilícitas como o garimpo, a extração ilegal de madeira, a ação de posseiros e grileiros, além da implementação de grandes obras de infraestrutura, como construções de ferrovias, hidrelétricas e rodovias, que colocam em risco seus territórios e suas comunidades, que ultrapassam o número de 150 aldeias, reunindo mais de 12 mil habitantes.

O histórico de ameaças reforça a necessidade de proteger os territórios ancestrais dos povos originários a partir de uma perspectiva indígena, ou seja, através do fomento de iniciativas que representem as demandas de quem está no chão do território, ou seja, das comunidades.

O Fundo Kayapó foi criado em 2011 através de recursos doados pela Conservação Internacional (CI) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ser um mecanismo financeiro a longo prazo voltado a iniciativas Kayapó-Mebêngôkre, tendo o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como gestor operacional. O mecanismo, de acordo com Renata Pinheiro, Diretora de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da CI – Brasil, nasce da necessidade de garantir a sustentabilidade financeira das organizações Kayapó.

Desde sua criação, o FK contempla projetos das três principais organizações Kayapó – a Associação Floresta Protegida (AFP), o Instituto Kabu (IK) e o Instituto Raoni (IR) – através de chamadas específicas para projetos estruturantes. Como explica Dante Novaes, Gerente de Projetos do FUNBIO: “O Fundo Kayapó funciona a partir de  ciclos bianuais de investimentos, onde os rendimentos da conta operativa do Fundo são aplicados em projetos elaborados pelas organizações kayapó.” Assim que as chamadas são abertas, as organizações indígenas podem elaborar seus projetos dentro das linhas de atuação do FK, sendo “eixos prioritariamente voltados para a conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade de vida.”, completa o gestor.

Ao longo dos cinco ciclos de investimentos do Fundo Kayapó, diferentes contextos e necessidades foram identificados e mais de 20 projetos foram apoiados. A gestão e monitoramento ambiental e territorial segue como uma das temáticas prioritárias escolhidas pelo povo Kayapó. Os projetos incluem eixos que vão desde capacitação técnica até a aquisição de equipamentos de monitoramento e gestão territorial como parte das estratégias de proteção.

No ciclo anterior (4º Ciclo), a ampliação da área de atuação da Brigada Indígena na T.I. Capoto/Jarina através de atividades como a capacitação de novos brigadistas, aquisição de combustível e manutenção de equipamentos para proteção contra queimadas e incêndios florestais foi um dos projetos executados pelo Instituto Raoni (IR) com recursos do Fundo Kayapó. Outras ações como a  formação voltada à colheita de novas sementes e intercâmbio com a Rede de Sementes do Xingu, realizada pelo Instituto Kabu (IK) e o fortalecimento institucional do Departamento de Mulheres das aldeias associadas à Associação Floresta Protegida (AFP) também estão entre os projetos apoiados pelo Fundo no último ciclo.

Neste ano de 2025, o Fundo Kayapó chega ao 5º ciclo de investimentos em um cenário que apresenta desafios, oportunidades e novidades. Pela primeira vez, foram realizadas duas chamadas: uma, como nos ciclos anteriores, para projetos estruturantes e outra específica para projetos locais, aumentando o número de organizações Kayapó atendidas e volume de desembolsos agregando, assim, novas iniciativas ao Fundo Kayapó.

Projetos estruturantes:

  • Associação Floresta Protegida (AFP): Apjêtkrere (proteção e gestão sustentável dos territórios e recursos naturais)
  • Instituto Raoni: Legado do Raoni: Netos e Netas da Resistência – Reflorestando o Pensamento para adiar o Fim do Mundo
  • Instituto Kabu (IK): Gestão territorial e ambiental dos territórios Kayapó no cinturão da BR-163.

 

Projetos locais:

  • Associação Angrokrere: Fortalecendo a Governança Institucional para a geração de renda;
  • Associação Cultural Indigena Kapot Jarinã: Documentário Bep Kororoti: O Olho que Tudo Vê;
  • Associação Mekragnotire Sul: Kukradja Otyj (fortalecer associação);
  • Associação Ngonh Rorokre: Bàjkà Nhõ Ngô (reativar associação);
  • Associação Indígena Pore Kayapó: Arte e identidade étnica, empreendedorismo sustentável e geração de renda e
  • Associação Indígena Pykôre: Cacau Kayapó, Preservando a Tradição, Cultivando o Futuro.

 

Mais protagonismo para os Mebêngôkre

Partindo de uma escuta atenta às demandas das comunidades, o conceito de transição vem norteando gradualmente as ações dos últimos anos do Fundo Kayapó. Colocada em prática neste ciclo, a transição propõe o fortalecimento de comunidades diretamente impactadas por atividades ilegais como fonte de desenvolvimento e renda alternativa ao garimpo simultaneamente prevendo uma outra transição, mais estrutural, relativa às instâncias de tomadas de decisão do Fundo.

Mariam Daychoum, assistente de projetos no Fundo Kayapó, acompanha de perto os projetos locais, assim como os resultados da mentoria focada na capacitação e fortalecimento institucional realizada pela REMAR. Com aportes de até 100 mil reais para execução de seus projetos, essas associações estão em sua maioria, localizadas na parte noroeste das terras Kayapó, região mais próxima das áreas de maior incidência de atividades ilegais ligadas ao garimpo e alvo da força-tarefa que pretende retirar invasores dos territórios indígenas a partir dos próximos dias. Determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e com o apoio de mais de 20 órgãos federais como o Ministério da Justiça, dos Povos Indígenas, a Força Nacional, o Ibama e a Funai, o processo de desintrusão na T.I. Kayapó está em execução e em diálogo com as lideranças do território.

“A maioria dessas associações será diretamente afetada pelo processo de desintrusão. Um dos objetivos é fortalecer essas organizações para que possam dar uma resposta de longo prazo ao vazio que será deixado pela retirada das atividades ilegais.”, destaca Mariam.

Na sequência da 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), o segundo encontro do comitê de Governança do FK aconteceu no mês de abril em Brasília, reunindo lideranças, organizações, parceiros e gestores para discutir os próximos passos do Fundo. Renata Pinheiro, da Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil), atua no Fundo Kayapó desde sua implementação e vê o momento atual como uma importante e necessária etapa de fazer com que o Fundo Kayapó deixe de ser um fundo para indígenas e se torne um fundo gerido pelos próprios indígenas. “Não faz mais sentido que a CI apresente os projetos e capte investimentos para o Fundo, e sim, que as próprias organizações mebêngôkre e suas lideranças possam trazer novas doações e cuidar da gestão e execução dos projetos de acordo com as demandas da comunidade.”, defendeu.

Outra aposta que marca a nova fase do Fundo Kayapó é a criação de um plano de comunicação colaborativo, voltado à divulgação dos projetos. Realizado pelo Estúdio Afluente em parceria com comunicadores Mebêngôkre, na construção de narrativas de valorização e transparência com o objetivo de gerar maior visibilidade aos projetos desenvolvidos pelas comunidades kayapó. “Este é um processo muito interessante, que é a estruturação de uma frente de comunicação mais ampliada do Fundo Kayapó, pensando tanto em atingir o público externo, para que esse público entenda a necessidade da proteção territorial indígena e também para que os Mebêngôkre também entendam mais sobre o mecanismo e como eles podem se apropriar mais dessa ferramenta.”, pontuou Dante Novaes, Gerente de Projetos do FUNBIO.

Promover a integração das organizações menores contemplando seus projetos locais, estimular a participação das mulheres e jovens nas atividades do Fundo e dar relevo às narrativas Mebêngôkre a partir da perspectiva deles próprios são escolhas importantes para que o futuro do Fundo Kayapó mantenha-se sustentável e continue a gerar bons e belos frutos.

Saiba Mais sobre o Fundo Kayapó.

 

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