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18/12/2018

A união entre pescadores e unidades de conservação

REVIS Ilha dos Lobos, por Rodolfo Cabral/FUNBIO
Acervo CNPT/ Base Avançada de Florianópolis.
Acervo CNPT/ Base Avançada de Florianópolis.
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Como fortalecer a pesca artesanal em territórios onde a atividade é realizada pelos mais velhos e os mais jovens já não a veem como principal profissão? Um dos caminhos é apoiar a formação de novas lideranças, fortalecendo o envolvimento da comunidade com a gestão ambiental e proteção dos territórios. Por consequência, é importante demonstrar como essa relação auxilia na proteção e conservação da biodiversidade.

Essas são algumas lições da 1a Oficina Regional de Integração entre Pescadores, Pescadoras e Unidades de Conservação, realizada em Tubarão (SC). O evento, coordenado pelo CNPT, APA Baleia Franca, REVIS Ilha dos Lobos e CONFREM com apoio do GEF Mar aconteceu entre os dias 8 e 10 de novembro.

“Grande parte dos relatos iniciais abordaram as dificuldades inerentes à continuidade da pesca artesanal, como a falta de envolvimento da juventude. Mas depois conseguimos acessar suas realidades – por mais diferentes que sejam -, mostrando muitos pontos em comum. Isso ajudou a criar uma identidade coletiva, foi incrível”, diz a analista ambiental do CNPT/ Base Avançada de Florianópolis Carolina Alvite. Ela atua como ponto focal do GEF Mar na região, no componente de Integração Comunitária.

Estreitar laços de confiança entre gestores de UCs na região e pescadoras e pescadores do litoral centro do Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul foi a principal conquista do encontro.

O fortalecimento da relação entre os diferentes atores se deu a partir de propostas para desenvolver social e economicamente os territórios. As possibilidades abrangem desde o turismo de base comunitária até a agregação de valor à cadeia produtiva do pescado.

“Valorizar a cadeia produtiva do pescado, regularizar o acesso às áreas tradicionais de pesca, promover o auto monitoramento da pesca e fortalecer o turismo de base comunitária foram algumas das prioridades que definimos em conjunto”, explica Alvite. “Mais que isso, aprendemos que muitas inovações surgem dos conflitos. Esse tipo de desafio instiga pescadores e gestores a criar modos únicos para promover a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos pesqueiros no litoral sul do país”, completa.

A oficina uniu consultores e bolsistas do GEF Mar, gestores da APA da Baleia Franca e do REVIS Ilha dos Lobos, representantes da CONFREM e do CNPT/Base Avançada de Florianópolis, além de pescadoras e pescadores dos três estados do Sul brasileiro.

Entre as ações previstas para o primeiro trimestre de 2019 estão devolutivas às comunidades envolvidas e Conselhos Gestores das UCs, cursos de formação de lideranças e de elaboração e gestão de projetos na APA e no REVIS e a realização da 2ª Oficina Regional de Integração, prevista para abril de 2019.

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