Márcia Lins, assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, e ponto focal do ARPA, explica por que o ARPA desempenha um importante papel na fiscalização da UCs. Responsabilidade essa que é compartilhada com policiais ambientais, mas também com a comunidade, por meio do programa Agentes Ambientais Voluntários

Por que o ARPA é tão importante para as unidades de conservação? O ARPA é essencial porque apoia na fiscalização e combate a invasores, ajudando a preservar a biodiversidade e protegendo as unidades de conservação. Sem o programa ARPA, acredito que não seríamos nada. As unidades de conservação hoje estariam totalmente à deriva. Essa é a palavra.

O que mais te preocupa sobre a invasão de áreas protegidas? Os invasores chegam tão bem armados que até mesmo policiais se sentem intimidados. Isso mostra a gravidade do problema e a importância de programas como o ARPA.

Como a capacitação das comunidades pode ajudar na conservação? Ela incentiva as populações locais a cuidarem dos recursos naturais e buscarem formas de gerar renda, promovendo um senso de pertencimento e um futuro mais sustentável.

Você acredita que as comunidades conseguem caminhar sozinhas? Com capacitação e apoio, sim. Isso as ajuda a compreender o valor da conservação, não apenas para o bem-estar delas, mas também para a sua sobrevivência.

Quem são os agentes ambientais voluntários? São jovens das comunidades que atuam como guardiões da natureza, ajudando no monitoramento de ameaças e na preservação de áreas e espécies importantes. Eles são convidados a se tornarem, de certa forma, “fiscais” da natureza e dos recursos naturais, cuidando das áreas onde residem. Esses agentes atuam para evitar que invasores adentrem as unidades de conservação, prejudicando o bem-estar e a subsistência das comunidades locais.

O que te emociona no trabalho desses jovens? Ver o engajamento deles em continuar o legado de suas famílias, cuidando da floresta e das águas, mostra o futuro promissor da conservação.

Quais resultados os agentes ambientais já alcançaram? Eles têm revertido a extinção de espécies como os quelônios, além de protegerem peixes como o pirarucu e combaterem a pesca ilegal.

Como as tradições locais influenciam na conservação? Essas tradições são uma base para a conscientização. Com o envolvimento das novas gerações, a preservação se torna um legado vivo. Além disso, esses agentes contribuem significativamente na preservação tanto da floresta quanto dos ambientes aquáticos, como no combate à pesca ilegal de espécies importantes, como o pirarucu e o tambaqui. O trabalho desses jovens é essencial para a continuidade do monitoramento e da preservação da floresta e seus recursos no estado do Amazonas.