Pular para o conteúdo principal
Logotipo FUNBIO - Fundo Brasileiro para a BiodiversidadeLogo FUNBIO
assinar newsletter
PT EN
  • Home
  • Programas e Projetos
    • Em Andamento
    • Concluídos
  • Chamadas de Projetos
  • Bolsas FUNBIO
  • Agências
    • Agência GEF
    • Agência GCF
  • Biblioteca
  • Institucional
    • Quem somos
    • Nossas conexões
    • Contato
    • Ouvidoria
    • Imprensa
    • Equipe e conselho
    • Seja um parceiro
    • Parceiros
    • Trabalhe conosco
    • Manual de Marca
    • 25 anos
  • Notícias
  • Compras e contratações
  • Transparência
    • Auditoria Funbio
    • Auditoria Programas e Projetos
    • Relatórios anuais
    • Transparência e Igualdade
    • Certidões
    • Políticas e Salvaguardas

Notícias

Home - Notícias - As várias Amazônias – ARPA fortalece conservação das planícies inundadas do Pará às serras de Rondônia

Compartilhe :

FLORESTA VIVA – BACIA DO RIO XINGU

Ouvidoria
voltar

Notícias

25/07/2025

As várias Amazônias – ARPA fortalece conservação das planícies inundadas do Pará às serras de Rondônia

DCIM100GOPROGOPR1045.JPG
Foto: Marizilda Cruppe/FUNBIO
Foto: Marizilda Cruppe/FUNBIO
Em julho de 2016, uma expedição organizada pelo Funbio registrou a Reserva de Desenvolvimento Sustantável do Uatumã, no Amazonas, criada em 2004. A reserva abriga em seus cerca de 424 mil hectares mais de 1,3 mil moradores em 20 comunidades ribeirinhas. Mais de 26 espécies de mamíferos já foram identificados na RDS, que reúne florestas densas, campinaranas e igapós. Na RDS encontra-se a mais alta torre de estudos climáticos do mundo. Na foto, o rio Uatumã. Foto Marizilda Cruppe.
Foto: Victor Moriyama/FUNBIO
Foto: Victor Moriyama/FUNBIO
1/20

A Amazônia não é uma só. Longe de ser um bloco homogêneo de floresta, ela é um imenso mosaico de ecossistemas, realidades climáticas e culturas. O bioma abrange 9 estados brasileiros e cobre cerca de 5 milhões de km² — 59% do território nacional, onde pulsam vidas e paisagens distintas, cada qual com sua beleza, potencial e desafios de conservação. Para garantir a integridade desse patrimônio, o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) atua como um pilar estratégico, fornecendo o suporte necessário para que os territórios possam inovar e proteger o futuro.

Das planícies alagadas pela confluência de grandes rios às savanas isoladas e serras que resistem ao avanço da fronteira agrícola, as Unidades de Conservação (UCs) apoiadas pelo ARPA são um retrato fiel dessa diversidade. A gestão desses espaços, no entanto, é uma tarefa complexa, que exige profundo conhecimento local, resiliência e apoio contínuo. Através dos relatos de gestores que estão na linha de frente, mergulhamos em três dessas realidades para entender as múltiplas Amazônias que o programa ajuda a salvaguardar.

Um mosaico de ecossistemas: Da várzea à serra

No Pará, a Reserva Extrativista (RESEX) Verde para Sempre impressiona pela sua grandiosidade. “É a maior de sua categoria com quase 1.3 milhão de hectares, contando com mais de 3 mil famílias beneficiárias e abrangendo 80% do município de Porto de Moz”, explica a servidora Flávia Ranara da Silva. Sua geografia é marcada pela força das águas. “O perímetro da Resex está na confluência das bacias dos rios Xingu e Amazonas, formando uma rica malha de rios, igarapés e lagos. No período de cheia, seu limite norte torna-se uma grande área alagada, transformando a paisagem”, descreve.

Essa riqueza hídrica sustenta uma biodiversidade notável, incluindo pelo menos sete espécies de mamíferos ameaçados de extinção, como a onça-pintada (Panthera onca), o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tatu-canastra (Priodontes maximus).

A centenas de quilômetros dali, no sul do Amazonas, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Amapá revela outra faceta da floresta. “A reserva apresenta diversos tipos de vegetação, incluindo floresta de terra firme com muitas castanheiras, igapó, e um complexo de áreas de savana isoladas, conhecidas por seus altos níveis de espécies endêmicas”, detalha Cristiano Gonçalves, Gerente da UC. Este ecossistema único é a base para o sustento de comunidades que, embora não residam permanentemente na RDS, dependem dela para atividades sazonais, como a coleta de castanha-do-brasil.

Já no estado de Rondônia, os Parques Estaduais Serra dos Reis e Guajará-Mirim contam uma história de resiliência ecológica e cultural. Dárius Augustus, Especialista em Desenvolvimento Ambiental que atuou em ambas as unidades, descreve o Parque Serra dos Reis, no Vale do Guaporé, como uma “preciosidade”. “Ele protege uma das últimas manchas contínuas de floresta nativa e abriga um dos maiores tabuleiros de desova de quelônios de água doce do mundo. É também território sagrado, onde se celebra a maior procissão fluvial do mundo, o Divino Espírito Santo”, relata. Em contraste, o Parque Guajará-Mirim é um “milagre em resistência”, resguardando um berçário de nascentes que alimentam a bacia do Rio Madeira e abrigando formações de savana amazônica em transição.

“O principal desafio é resistir ao avanço implacável da fronteira agrícola”, afirma Dárius. As imagens de satélite do Parque Serra dos Reis, segundo ele, são um “testemunho brutal” de um “oceano de pastagens que se fecha ao redor da UC como um cerco”. Em Guajará-Mirim, o desafio foi ainda mais direto: “O parque foi vítima de associações organizadas para invasões, amparadas por discursos políticos que enxergavam as UCs como entraves ao desenvolvimento. Existe uma campanha sistemática para deslegitimar as unidades de conservação”, explica.

Para Flávia Ranara, na RESEX Verde para Sempre, “a dimensão territorial da UC, juntamente com o quantitativo habitacional e a pressão externa, torna a governança do território um arranjo complexo”. As principais ameaças são o desmatamento para a pecuária, a exploração ilegal de madeira e a pesca predatória.

Diante de um cenário tão desafiador, o apoio institucional e financeiro se torna vital. Os três gestores são unânimes em apontar o Programa ARPA como um elemento decisivo para a sobrevivência e o fortalecimento de suas unidades.

Para Cristiano Gonçalves, o apoio do ARPA é o que permite transformar planos em ações concretas na RDS do Rio Amapá. “É esse suporte que viabiliza nossas iniciativas de conservação, como o monitoramento de quelônios, e nos dá condições de apoiar os agricultores familiares na regularização de seus documentos ambientais. A governança de uma RDS depende de um conselho gestor forte e atuante, e os recursos do programa são essenciais para garantir essa participação e fortalecer as associações locais, que são a base do uso sustentável da reserva”, aprofunda o gestor.

Essa percepção é compartilhada por Flávia Ranara, que detalha como o suporte logístico do ARPA é o que torna a gestão da imensa RESEX Verde para Sempre possível. “Para um território deste tamanho, com mais de 3 mil famílias espalhadas, a gestão participativa não é uma opção, é uma necessidade. O apoio do ARPA com motores, combustível e recursos para as reuniões do Conselho Deliberativo é o que permite que a voz das comunidades chegue à gestão e que as decisões sejam tomadas de forma conjunta. Sem isso, seria impossível construir a governança complexa que a RESEX exige”, afirma.

“O Programa ARPA é a espinha dorsal da resistência ecológica em Rondônia”, declara Dárius Augustus. “Foi graças ao ARPA que a UC Serra dos Reis pôde executar ações de planejamento e fiscalização. No caso de Guajará-Mirim, o ARPA foi decisivo no processo de desintrusão, garantindo o apoio necessário para restabelecer a autoridade pública”. Ele complementa que o programa permite ir além do combate a ilícitos ambientais: “O ARPA nos permite sonhar com um futuro onde conservação e desenvolvimento caminhem juntos, nos dando ferramentas para gerar os resultados concretos que podem reverter a percepção negativa e mostrar o valor das UCs para toda a sociedade”.

Histórias de união e inovação pela força que vem do território

Na RDS Rio Amapá, a inovação gera renda e protege a floresta. “Estamos desenvolvendo o apoio à agricultura de baixo impacto. O diferencial é a produção de farinha saborizada, agregando valor ao produto e contribuindo para a geração de renda das famílias envolvidas”, conta Cristiano. Além disso, o extrativismo de produtos não madeireiros, como castanha, andiroba, copaíba e açaí, e o artesanato de fibras e sementes fortalecem a bioeconomia local e o sentimento de pertencimento.

Na RESEX Verde para Sempre, a própria criação da unidade foi um marco de resiliência. “A criação da UC envolveu um processo histórico de luta, culminando no ‘fechamento’ do rio Jaurucu para enfrentar o desmatamento ilegal”, relembra Flávia. Hoje, a força da comunidade se manifesta nos “4 Planos de Manejo Florestais Sustentáveis geridos por instituições comunitárias”, um modelo de sucesso que mostra como a floresta em pé pode gerar mais valor do que derrubada.

Em Rondônia, a resiliência tem um rosto humano e uma memória potente. Dárius Augustus se emociona ao lembrar da fala de um servidor durante uma crise no Parque Guajará-Mirim: “Enquanto tiver uma semente viva aqui dentro, eu vou continuar defendendo esse lugar. Porque eu sei que meus filhos e netos vão precisar dele.” Essa frase, segundo ele, representa o que move as equipes.

O ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia é um projeto do Governo do Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e tem o FUNBIO como gestor e executor financeiro. É financiado com recursos de doadores internacionais e nacionais, entre eles o governo da Alemanha por meio do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), o Global Environment Facility (GEF) por meio do Banco Mundial, a Fundação Gordon and Betty Moore, a AngloAmerican e o WWF.

Projetos relacionados: ARPA
Categoria: Notícias

ENDEREÇO

Rio de Janeiro:
Rua Voluntários da Pátria, 286 5º andar

Botafogo
22270-014 Rio de Janeiro, RJ

Razão Social: FUNDO BRASILEIRO PARA A BIODIVERSIDADE FUNBIO

 

Brasília:

SCN – Setor Comercial Norte – Quadra 04 – Pétala A – Sala 401

Ed. Centro empresarial Varig

70714-900 Brasília, DF

 

CONTATO

Tel: +55 21 2123-5300
Fax: +55 21 2123-5354

Tel: +55 61 3797-8200

AVISO DE PRIVACIDADE

ÁREA EXCLUSIVA

Intranet

ÉTICA

Ouvidoria
Políticas e Salvaguardas

NGOsource - Equivalency Determination on File
Logo FUNBIO  © 2017 FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
Logo OKN Group - Desenvolvido por OKN