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Parque Estadual Cristalino (MT) amplia ações de infraestrutura e investimento em pesquisa
O Parque Estadual Cristalino, uma das áreas protegidas mais emblemáticas da Amazônia mato-grossense, vive uma nova fase após alcançar avanços significativos no processo de consolidação. Com infraestrutura fortalecida e maior previsibilidade orçamentária, a unidade tem ampliado sua capacidade de cumprir o papel estratégico de conservar a biodiversidade e promover pesquisas científicas.
Uma Unidade de Conservação alcança consolidação quando dispõe das condições institucionais, técnicas e sociais necessárias para cumprir plenamente sua função de proteger a biodiversidade e promover o uso sustentável dos recursos naturais. Isso significa ter conselho gestor ativo, plano de manejo implementado, equipe estruturada, monitoramento da biodiversidade em andamento e cadeias produtivas sustentáveis fortalecidas junto às comunidades locais. Para o ARPA, esse processo é fundamental porque garante a efetividade da conservação a longo prazo, assegurando que os investimentos feitos nas áreas protegidas resultem em florestas em pé, comunidades fortalecidas e benefícios ambientais que se estendem para toda a sociedade.
De acordo com Martinho Philippsen, gestor do Parque Estadual Cristalino, a consolidação trouxe mudanças estruturais que têm garantido a continuidade das ações de conservação. “Recursos de acordo com a demanda para a execução do Plano Operativo (PO). Isso permite que o parque mantenha suas atividades essenciais com mais regularidade e eficácia”, destacou.
Os novos investimentos também impactaram diretamente a rotina do parque. “Eles influenciaram positivamente nas atividades, por trazer respostas imediatas nas ações da UC”, afirma Philippsen, ressaltando que a maior disponibilidade de recursos possibilitou agilidade em operações de fiscalização, apoio logístico e incentivo à pesquisa.
O planejamento estratégico da unidade também passou por transformações. Agora, é possível definir objetivos claros e metas de longo prazo, alinhadas às necessidades do território e à proteção da biodiversidade local. “Esse avanço fortalece a gestão e cria as condições necessárias para alcançar os resultados almejados”, reforça o gestor.
O Parque Estadual Cristalino, criado em 2001 e localizado no norte do Mato Grosso, abrange uma área de aproximadamente 184 mil hectares de florestas amazônicas, cerrado e formações de transição, o que lhe confere uma das maiores diversidades de habitats da região. Situado nos municípios de Alta Floresta e Novo Mundo, o parque é cortado pelo rio Cristalino, que dá nome à unidade, e integra um importante corredor ecológico conectado a outras áreas protegidas no sul da Amazônia.
A riqueza biológica inclui espécies emblemáticas como a onça-pintada, a arara-vermelha e o macaco-aranha, além de grande potencial para pesquisas científicas e turismo de natureza.
O ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia é um projeto do Governo do Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e tem o FUNBIO como gestor e executor financeiro. É financiado com recursos de doadores internacionais e nacionais, entre eles o governo da Alemanha por meio do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), o Global Environment Facility (GEF) por meio do Banco Mundial, a Fundação Gordon and Betty Moore, a AngloAmerican e o WWF.
