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Pesquisar é preciso e comunicar também!
Desde 2018, o Programa Bolsas FUNBIO – Conservando o Futuro tem como objetivo apoiar a ciência e os cientistas brasileiros, com recursos que viabilizam pesquisas de campo, compras de equipamentos e investigações mais profundas sobre a biodiversidade. Mais do que gerar conhecimento, porém, é necessário saber traduzir e transmitir essas informações para a sociedade de modo geral. Apresentar aos bolsistas técnicas de comunicação foi o objetivo do Workshop de divulgação científica oferecido com apoio do Fonseca Leadership Program (Programa Fonseca de Liderança, em tradução livre), do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).
Com o nome “Como contar a história da sua pesquisa”, o workshop tem como objetivo apresentar ferramentas narrativas e técnicas aos cientistas para que eles consigam levar sua pesquisa para públicos cada vez mais amplos.
Sarah Azoubel, produtora sênior da Rádio Novelo, lidera as oficinas e compartilha com os pesquisadores sua experiência como bióloga que se especializou em divulgação científica. Ela destaca a importância da iniciativa do Bolsas FUNBIO em não apenas financiar as pesquisas, mas também investir na capacidade desses pesquisadores comunicarem seu trabalho.
“Como cientista, temos muito pouco ou quase nenhum treinamento em comunicação. Normalmente aprendemos na prática, porque temos que comunicar nossa pesquisa o tempo inteiro. Seja conversando com outros cientistas, apresentando o trabalho, escrevendo propostas ou artigos, mas também porque precisamos comunicar para o resto da população. E entender como fazer essa comunicação de uma maneira interessante e efetiva é muito importante e normalmente negligenciado no treinamento de cientistas”, conta Sarah.
O treinamento, que começou no final de setembro, foi dividido em duas aulas virtuais e uma sessão de reforço – marcada para o dia 8 de dezembro – e envolveu 20 bolsistas, 13 deles do Fonseca Leadership Program.
“O objetivo desse workshop é ensinar ferramentas que têm a ver com técnica narrativa para que os pesquisadores consigam não só informar as pessoas, mas encantá-las com suas pesquisas. Contar uma boa história faz com que a gente consiga ter um alcance muito maior”, completa.
