O FINACLIMA-SP é o mecanismo instituído pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Decreto nº 68.577/24, que viabiliza aportes de recursos privados, para ampliar e qualificar o financiamento climático no território paulista. A iniciativa cria uma estrutura permanente para mobilizar recursos privados e públicos destinados a projetos de mitigação, adaptação e resiliência climática, fortalecendo a agenda ambiental do estado e contribuindo para o cumprimento das metas de restauração e redução de emissões.
Com coordenação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), o FINACLIMA-SP destina investimentos a áreas estratégicas como restauração de paisagens, desenvolvimento da bioeconomia, agropecuária sustentável e proteção de mananciais. Essas ações estão alinhadas à meta estadual de restaurar 1,5 milhão de hectares até 2050, com foco em soluções baseadas na natureza e na proteção dos serviços ecossistêmicos essenciais.
A implementação inicial do mecanismo contempla regiões prioritárias, como a APA Cantareira e a Região Administrativa de Presidente Prudente, áreas que concentram desafios de segurança hídrica, fragmentação da vegetação nativa e elevado potencial para conectividade ecológica. Parcerias técnicas — entre elas a colaboração com o ITESP para atuação em assentamentos rurais — reforçam a capacidade de execução e ampliam o alcance das ações no território.
O FINACLIMA-SP opera com governança robusta, segurança jurídica e critérios claros para gestão e prestação de contas. A rastreabilidade dos recursos é assegurada por sistemas de monitoramento, auditorias independentes e transparência ativa com o apoio do FUNBIO como entidade gestora criando um ambiente favorável à participação de financiadores e investidores. O mecanismo busca também impulsionar mercados emergentes, como crédito de carbono e ativos ambientais, ao estruturar projetos em escala e reduzir custos de transação.
Ao promover investimentos qualificados e de longo prazo, o FINACLIMA-SP contribui para fortalecer a resiliência climática do estado, estimular cadeias produtivas sustentáveis e ampliar a geração de benefícios sociais, econômicos e ambientais para as populações paulistas.
