A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro que ocupa 11% do país, é lar de 27 milhões de pessoas e sofre acentuado impacto humano, ganhará USD 5,5 milhões para um novo projeto, o Conecta Caatinga (Manejo Integrado da Paisagem para a Conservação da Biodiversidade na Caatinga). A iniciativa conta com recursos do GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente), e promoverá a criação de corredores ecológicos ligando áreas protegidas públicas e também privadas. Corredores ecológicos são centrais para conectar populações isoladas de espécies ameaçadas. O projeto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que fomenta a conservação da biodiversidade, a recuperação de vegetação e dos corpos d’água, é implementado pela Agência GEF FUNBIO.
Com início previsto para o segundo semestre de 2025, o Conecta Caatinga beneficiará cerca de 14 mil pessoas em 500 mil hectares e tem duração estimada de cinco anos. Ele reforça os esforços para conservar um dos biomas mais ameaçados e menos protegidos do Brasil, lar de espécies ameaçadas de extinção como a ararinha-azul.
A implementação será realizada em estreita parceria com outro projeto, também financiado pelo GEF: o Área Protegidas da Caatinga (ARCA) anunciado em junho e que destina ao bioma USD 10 milhões do Fundo do Marco Global para a Biodiversidade (GBFF, na sigla em inglês), sob gestão do GEF e executado pelo FUNBIO.
O Conecta Caatinga vai atuar num bioma que já teve 80% da superfície alterada pelo homem. O projeto será desenvolvido nos territórios que conectam as seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça (BA), Parque Nacional Boqueirão da Onça (BA), Área de Proteção Ambiental Lago de Sobradinho (BA), Área de Proteção Ambiental Dunas e Veredas do Baixo Médio São Francisco (BA), Parque Nacional da Serra das Confusões (PI) (apoiados pelo projeto ARCA) e também o Parque Estadual Serra do Areal (PE).
SituaçãoEm Andamento |
Ano início2025 |
BiomaCaatinga |