Consideradas as áreas mais conservadas do planeta, as Terras Indígenas (TIs) proporcionam um refúgio vital para uma grande parte da biodiversidade mundial. Correspondem a 13,9% do território brasileiro e abrangem cerca de 109,7 milhões de hectares de vegetação nativa – 19,5% da vegetação nativa do Brasil em 2020.
Para garantir a conservação dessas áreas e o bem estar dos povos que nelas vivem, é fundamental o desenvolvimento e apoio aos Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs), pois eles refletem o planejamento de ações de proteção, conservação e uso dos recursos ambientais e da biodiversidade das terras indígenas no Brasil e são os principais instrumentos de orientação para a implementação de políticas públicas voltadas aos povos indígenas, especialmente a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI).
Com o objetivo de proteger e manter essa riqueza em pé, o projeto Ywy Ipuranguete: Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas”, irá implementar Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) em 15 Terras Indígenas nos cinco biomas brasileiros – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pantanal – contribuindo na conservação de 6 milhões de hectares de terras indígenas brasileiras, onde vivem cerca de 57 mil indígenas. Ywy Ipuranguete vem do tronco linguístico tupi guarani, que significa terra bonita.
A implementação do Projeto irá fortalecer o papel essencial dos povos e das terras indígenas na promoção de práticas sustentáveis de gestão e proteção dos recursos naturais para a conservação da biodiversidade.
Em estreita parceria com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), o projeto será implementado pelo FUNBIO, executado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e tem entre suas principais ações: a consolidação das TIs através de melhorias na Infraestrutura comunitária e no fortalecimento do monitoramento e vigilância territorial; o apoio à geração de renda e soberania alimentar através do suporte à agricultura sustentável; o acesso às políticas nacionais de aquisição de alimentos; a melhoria das cadeias produtivas com produtos da natureza; o fortalecimento do conhecimento tradicional, das práticas culturais e da governança territorial focado a mulheres e jovens e gestão e a disseminação dos conhecimentos gerados pelo projeto.
A realização do Projeto “Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas” é possibilitada pelo apoio financeiro do Fundo para o Meio Ambiente Mundial – GEF.
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