Caiu na Rede é… Impacto socioambiental positivo!

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O que é

Foto: divulgação do projeto Caiu na Rede é… Impacto socioambiental positivo!

 

As “redes fantasmas” são redes de pesca descartadas ou perdidas pelos  nos mares. Muitas vezes,  ficam presas ao fundo do mar e lá permanecem, causando um grave problema ambiental e matando a vida marinha por tempo indeterminado, uma vez que são confeccionadas de poliamida (um tipo de plástico) Contudo, esse material não pode ser substituído, uma vez que é o equipamento típico de trabalho dos pescadores e profissionais de pesca, e as redes com ele confeccionaas fazem parte do conhecimento local e tradicional.

Além de agravar um problema ambiental, a falta de local apropriado de descarte para essas redes prejudica também as próprias comunidades, pois causa a morte de animais que não são aproveitados para a venda.  Dessa forma, “redes fantasmas” são também um problema social, ampliado pela desvalorização histórica da atividade pesqueira tradicional e do trabalho realizado pelas comunidades locais.

Em vista desse cenário, o projeto “Caiu na rede”, realizado pelo Instituto de Pesquisas Marinhas, Arquitetura e Recursos Renováveis (IPEMAR), teve uma ideia simples, inovadora e, mais importante, sustentável. Com atuação nas comunidades  caiçaras de Provetá e Matariz, na Ilha Grande, Angra dos Reis, o projeto tem como objetivo principal garantir geração de renda a partir da produção e do desenvolvimento de produtos de upcycling (reaproveitamento criativo, em tradução livre), com o incentivo da empresa Marulho.

As “redes fantasmas”, transformadas pelas mãos de pescadores,  geram também visibilidade às comunidades locais e contribuem para a conservação do ambiente. Além da produção de bolsas de hortifruti, o projeto capacitará novos colaboradores, com ênfase em jovens e mulheres, para garantir a continuidade do saber. Ele garantirá o transporte para a coleta das redes e a infraestrutura adequada para o trabalho.

Espera-se que, ao final dos seis meses de duração desse projeto, ao menos 200 quilos de “redes fantasma” tenham sido resgatadas dos mares e no mínimo 2.000 bolsas  produzidas! Estarão envolvidos pescadores tradicionais redeiros e suas  famílias, numa valorização da tradição local e dos saberes informais dos caiçaras, entre eles a costura de redes de pesca.

Há expectativa de que o trabalho possa ser replicado em outras comunidades costeiras no futuro, uma vez que as “redes fantasmas” são um problema global. Para isso, o projeto produzirá uma cartilha explicativa e um vídeo de divulgação, que funcionará como modelo replicável em outras comunidades pesqueiras.

Situação

Em Andamento

Ano início

0322

Bioma

Marinho Costeiro

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