Instituição Responsável: Instituto Kabu
A presente proposta do Instituto Kabu (IK), tem como objetivo realizar as ações descritas a seguir de forma efetiva, estabelecendo interface com as cinco linhas temáticas estabelecidas na Chamada de Projetos 008/2024 do FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, no âmbito do Fundo Kayapó, de maneira articulada, inteligente e interligada com os demais programas e projetos que o IK já vem desenvolvendo nos últimos anos.
O projeto continua com a mesma inspiração em relação ao ciclo anterior, motivada por conceitos sobre a teoria da mudança, fundamentada no raciocínio assertivo e esperado das atividades, de modo que o mesmo possa induzir de fato os resultados desejados. São propostas simples, com o propósito de fortalecer o modo de vida tradicional do povo Kayapo, visando explorar cada vez melhor o território, pesquisar mais suas características, observar mudanças no interior e entorno dos mesmos e sobretudo protegê-los contra situações negativas que certamente vão continuar rondando os limites das terras indígenas nos anos seguintes.
Por conta das últimas menções no parágrafo anterior e seguindo de forma sequencial as linhas temáticas do 5°Ciclo, no campo do monitoramento territorial e buscando melhorar os trabalhos da vigilância, pretende-se ministrar uma oficina de capacitação para a juventude feminina, internauta, transitam bem nas redes sociais, para conhecer e trabalhar com outras tecnologias digitais, tais como o manuseio e operação de GPS, interpretação de mapas, operação de voos com drones e principalmente se familiarizar com o aplicativo que será lançado pelo IK, específico para coleta e inserção de dados da vigilância, off-line, que pode melhorar consideravelmente os trabalhos da vigilância territorial.
Quanto ao desenvolvimento das cadeias produtivas, o projeto apoiará as atividades de coleta de castanha-do-Brasil e sementes de cumaru, que são trabalhadas anualmente com a finalidade de garantir a parte que corresponde a subsistência das aldeias, principalmente castanhas, e comercialização da produção excedente. Para isso, manter boa infraestrutura, comprar equipamentos e garantir apoio logístico, será fundamental para conseguir bons resultados e continuar mantendo a floresta em pé. Pretende-se também realizar um registro fotográfico profissional durante as atividades de coleta de castanhas, uma vez que em relação à coleta de cumaru já foi produzído um vídeo. Nessa linha de ação pretende-se também contratar duas pessoas, para exercer atividades de assistência e venda de produtos na loja Kayapó.
Sobre as ações de gestão ambiental, pretende-se fornecer apoio para o combate aos resíduos sólidos (lixo seco) nas aldeias, objetivando a manutenção dos trabalhos de coleta e armazenamento do lixo pelas comunidades, escoamento e descarte pelo IK, visando minimizar o impacto do lixo industrializado que entra nas aldeias. Também pretende-se fazer reposição das baterias utilizadas no projeto de energia solar da aldeia Pyngraitire, iniciado em 2021, pois as mesmas estão praticamente vencidas. Pretende-se também viabilizar a impressão do Guia de Espécies da Flora Utilizadas Pelos Kayapó, às que se localizam mais próximas das aldeias, bem como a elaboração e impressão do Catálogo de Recursos Florestais Utilizados Pelos Kayapó-Mekrãgnoti, de espécies chaves encontradas em regiões mais distantes das aldeias.
Em relação ao desenvolvimento de atividades de fortalecimento da representação política, pretende-se apoiar a logística de membros da diretoria executiva, como também de lideranças Kayapó, que juntos esporadicamente viajam a Brasília, Belém e outros lugares do país, para participar de reuniões com órgãos públicos, instituições ligadas ao terceiro setor, empresas, bem como presenças em seminários, exposições, feiras, espaços de debates entre indígenas e não indígenas e uma série de outras questões a serem resolvidas, debatidas e mesmo defendidas de âmbito institucional e cultural das comunidades.
Sobre o que compete as atividades de administração e manutenção das organizações associadas, pretende-se contratar serviços de coordenação, de preferência profissional que conhecem bem a dinâmica das populações indígenas, sobretudo dos Kayapó e das suas exigências, que ajude manter a boa administração e manutenção do projeto, do ambiente de trabalho, dos bens adquiridos e das inúmeras articulações que certamente ocorrerão com indígenas, consultores, parceiros e demais colaboradores das organização no decorrer do projeto.
Finalmente, importante destacar que esta proposta foi construída, observando atentamente a plataforma que contêm os principais eixos do PGTA e que foram bastante discutidas nas aldeias, durante a execução de 6 oficinas regionais e 3 oficinas gerais para a construção do PGTA da TI Menkragnoti, consolidando com o processo de revisão e validação do documento.
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